Por que os maus parecem vencer?

saltos infundados

Você já se perguntou por que os espertões, trapaceiros e os reis da malandragem sempre parecem estar no topo, enquanto os bonzinhos ficam para trás, esperando uma recompensa que nunca chega? Pois é, não é só você. Eu me pergunto todos os dias.

Estava na minha terapia esses dias e literalmente sofro da síndrome do bonzinho, me queixava do motivo de sempre me dar mal nas situações por colocar o próximo em primeiro lugar. Saí de lá encucado e resolvi recorrer à minha leituramania obssessiva - com a cabeça nas nuvens pensei que vivemos num mundo maquiavélico - entào eu teria que beber da fonte, teria que reler algo de Maquiavel e entender essa bagunça toda.

Tirei algumas conclusões (claramente estapafúrdias), são elas:


O mundo real não é um conto de fadas. Bate e bate duro.

Nicolau Maquiavel foi um dos maiores realistas (e eu me achando pragmático aqui) da história. Ele não estava interessado em contos de fadas, mas sim em como as coisas realmente funcionam. Em “O Príncipe”, ele basicamente disse que quem quer se dar bem na vida não pode se prender a conceitos antiquados de “certo” e “errado” – o que importa é a eficácia.

Uma fada tomando um soco. Gerada por IA.

Segundo ele, aqueles que não têm medo de sujar as mãos têm uma vantagem natural sobre quem fica preocupado demais com moralidade e boas maneiras. E a história só reforça essa teoria: os espertalhões manipuladores têm uma habilidade quase sobre-humana de subir na vida sem peso na consciência.


Sim. Os fins justificam os meios

Maquiavel não estava dizendo que você precisa ser um vilão de novela mexicana, raptar Maria Del Bairro e dar uma risada maléfica para vencer na vida - mas ele alertava que, na busca pelo poder e pelo sucesso, quem não hesita em jogar sujo tem uma bela vantagem.

Pense nisso: enquanto você está aí, quebrando a cabeça se deve ou não puxar o tapete do colega de trabalho, o fulano da mesa ao lado já passou a rasteira e foi promovido.

Quem tem menos restrições ético-morais toma decisões mais rápidas e assertivas, enquanto os certinhos ainda estão calculando as consequências, o que leva a toda a ansiedade por cálculos de momentos futuros que jamais acontecerão, afinal, o bonzinho não coloca seus planos em prática.


Liderando como um leão e uma raposa ao mesmo tempo

Todo mundo é lider de algo, nem que seja da própria vida e o titio Maquiavel falava que um líder ideal precisa ser uma mistura de leão e raposa. O leão é forte e impõe respeito; a raposa é astuta e sabe escapar das armadilhas. Quem domina essa dualidade joga o jogo melhor do que aqueles que são apenas leais, submissos (em negrito porque terei um artigo sobre isso) e esperançosos de que a justiça divida os prêmios de forma igualitária.

Seja um leão e uma raposa? Um furry? Talvez.

As pessoas “boazinhas” geralmente são muito focadas em seguir regras e manter a integridade, enquanto os pragmáticos simplesmente encontram um jeito de manipular o sistema a seu favor. Resultado? Os espertos seguem adiante, enquanto os ingênuos ficam parados esperando uma justiça cósmica que raramente acontece. Uma verdadeira crença limitante, que veja só: afeta até quem não tem crença e é ateu.


Você está me pedindo para ser mau?

Sim e não. Na verdade, sim. Não dizendo para você, mas talvez para mim mesmo? Quem sabe?

Será que ser mau é um pré-requisito para vencer na vida?

Mas se o sucesso fosse apenas uma questão de pisar em todo mundo e correr para o topo, a história não estaria cheia de casos de quedas espetaculares. O problema de conquistar tudo sem escrúpulos é que você passa a viver com um pequeno detalhe chamado paranoia absoluta - tudo na sua vida se transforma num jogo de xadrez 4d.

Você não pode confiar em ninguém. Seu círculo é feito de bajuladores e não de amigos reais e no fim das contas, você pode ter um castelo, mas é um castelo de cartas pronto para desmoronar.


Busque o equilíbrio, padawan

Pareço até a minha psicóloga digitando isso, mas enfim: tudo na vida é equilíbrio e você é a única pessoa responsável para onde a balança vai pender.

A moral da história (olha eu dando lição de moral aqui) é que talvez o melhor caminho não seja ser totalmente “bonzinho” nem totalmente “inescrupuloso”. O segredo pode estar no meio-termo: ter princípios, mas não ser ingênuo; ser estrategista, mas não um psicopata (queria poder marcar pessoas aqui); saber a hora de ser o leão e a hora de ser a raposa.

A balança deve pesar igual para todos os lados

Se Maquiavel estivesse aqui hoje, provavelmente nos diria que sucesso não é apenas sobre dinheiro ou poder – mas sobre manter o controle sem ser odiado por todo mundo. Afinal, ninguém se sustenta no topo sozinho para sempre. O jogo do poder é complexo, e quem quer vencer precisa saber as regras.

Então, que tal parar de ser bobo e começar a jogar com mais astúcia? Mas, obviamente, sem vender a alma no processo. Ou pelo menos, não toda ela.

(Vou fingir que não escrevi esse artigo para mim mesmo)


Escrevi toda essa baboseira porque li:

O Príncipe, de Maquiavel: https://amzn.to/3EZEkkS

(っ´ω`c)♡ Todas as imagens deste post foram geradas com o Google Gemini.