A ruptura do ChatGPT

dev IA

A OpenAI causou uma ruptura de mercado ao anunciar o seu novo modelo de geração de imagens. Estilos de ilustração e fotorrealismo agora estão ao alcance dos dedos das pessoas que conseguem comunicar claramente ao ChatGPT 4o o que querem ver. Será que o mundo está preparado para mais esta ruptura?


Ruptura na ficção

Ruptura

Imagine uma realidade onde você separa completamente sua vida profissional da sua vida pessoal. Em casa, não há memória alguma do trabalho; no trabalho, não há qualquer lembrança de casa. (Falando assim, dá até vontade, né?)

Se você mora no planeta Terra no momento em que meus dedos digitam este artigo, provavelmente deve saber que essa é a premissa intrigante da série “Ruptura” (Severance) da Apple TV, que explora de maneira instigante e perturbadora as consequências psicológicas e sociais dessa separação radical.


Ruptura no mundo real

Neste mês, a OpenAI lançou uma nova geração de imagens do ChatGPT, provocando uma ruptura igualmente profunda — não no cérebro humano, mas no mercado e na maneira como interagimos (e vamos interagir mais) com este tipo de tecnologia.

Essa nova versão do ChatGPT trouxe capacidades impressionantes de geração de conteúdo, interação natural, compreensão profunda e autonomia que até então eu não tinha visto em seus concorrentes.

De acordo com o site da OpenAI, suas capacidades são:

  • Consistência na criação de personagens/ contextos;
  • Renderização de texto feita do jeito certo (finalmente!);
  • Reestilização de imagens enviadas via upload;
  • Imagens com fundo transparente;
  • Entendimento amplo de explicações - como organização de objetos numa imagem:

Organizando tudo

Resultado:

Organizando


Overdose de Ghibli e GPUs ferventes

O que rolou com este lançamento:

  • Posts no Reddit falando que é o fim dos ilustradores (como era o fim dos devs com Claude Code);
  • Timelines repletas de memes desenhados no estilo do estúdio Ghibli (dos lendários “Meu amigo Totoro” e “A viagem de Chihiro”);
  • Servidores da OpenAI literalmente fervendo em seus datacenters;
  • Caos, muito caos nas redes sociais.

Assim como os personagens da série Ruptura questionam os limites éticos e existenciais impostos pela separação radical da mente, as novas funcionalidades do ChatGPT levantam questões fundamentais sobre nossa relação com a Inteligência Artificial.

Até que ponto queremos ou devemos permitir que inteligências artificiais atuem com independência criativa e cognitiva?

Que impactos psicológicos e sociais surgem ao aceitarmos inteligências artificiais cada vez mais autônomas, capazes de produzir conhecimento, entretenimento e decisões complexas sem intervenção humana direta?

Não faço ideia. Só perguntei para parecer mais inteligente mesmo.


Conclusão: Cold Harbor

Essa “ruptura tecnológica” promovida pelo ChatGPT altera profundamente dinâmicas de mercado, ameaçando profissões tradicionais enquanto cria oportunidades inéditas, em um cenário semelhante à inquietante dinâmica entre funcionários e corporações vista na série da Apple TV.

Ambas as rupturas, embora distintas em natureza, compartilham um mesmo fio condutor: o desafio humano frente à redefinição de identidades, propósitos e limites éticos diante da inovação extrema.

Enquanto os personagens da série lidam com as consequências da ruptura psicológica, nós, como sociedade, estamos começando a lidar com as consequências dessa ruptura tecnológica trazida pela OpenAI.

Hayao Miyazaki, diretor do estúdio Ghibli, já deu a sua opinião sobre o uso de IA em animações:

Thumbnail do YouTube

Assim como no universo ficcional da Apple TV, é chegada a hora de refletirmos profundamente sobre até onde estamos dispostos a ir em busca da inovação, do conforto e da eficiência—e qual preço estamos preparados para pagar por isso.

No meu caso, o preço que pago é de USD 20,00 por mês pelo ChatGPT Plus. E o seu?


Aproveitando sua atenção, clique na imagem abaixo e dê uma olhada marota nessas artes fantásticas geradas com o 4o + Klink AI (https://klingai.com/global/)

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